O Brasil é o principal produtor de agronegócio no mundo e lidera as exportações de grãos, café, carne bovina e carne suína entre outras culturas. Com um 21% do PIB nacional o setor se posiciona indiscutivelmente como o motor da retomada econômica no país. A crise sanitária, social e econômica pela que o Brasil (e o mundo) está passando não só não prejudicou as exportações do setor mas também está fazendo com que as expectativas para o futuro estejam crescendo.
Os dados das exportações durante o primeiro terço do ano foram bem reveladores sobre a boa situação do setor, com um crescimento relativo do comercio exterior tanto para o mercado asiático quanto para o resto dos mercados. Além de uma progressão crescente na demanda de alimentos, a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar americano tem contribuído à competitividade do produto brasileiro durante o 2020.
E a perspectiva para o resto do ano continua igual ou ainda melhor para o setor: a demanda alimentaria não decresce e a alta competitividade do produto brasileiro continuará do mesmo jeito. Para um futuro mais distante, a previsão é que a população mundial seguirá aumentando e demandando alimentos de forma continuada.
Nesse contexto, a exportação se verá com certeza favorecida pelo incremento da produtividade como consequência da revolução digital no agronegócio brasileiro, a chamada fase 4.0 da Agricultura.
O setor agrícola já tinha implementado melhoras tecnológicas que melhoravam a produtividade mas nunca tinha feito isso de forma integrada. A grande revolução consiste na integração digital dos elos da cadeia produtiva desde a origem “dentro da porteira” até o cliente final.
Novos e mais eficientes softwares de gestão permitem otimizar a produção com alta eficiência sem incrementar os custos. Já a IOT e a utilização extensiva de sensores no campo permitem ter informação precisa a cada segundo e integrar essas informações com outros parâmetros relevantes para melhorar as predições e a previsibilidade dos resultados.
Mais de 1.000 startups no Brasil trabalham para melhorar exponencialmente as condições técnicas que influem numa maior produtividade. A conectividade das áreas rurais envolvidas está progressivamente melhorando e possibilitando a implementação desses serviços.
O poder preditivo que oferece a tecnologia será também amplamente aprimorado pelos desenvolvimentos em Inteligência artificial e pela agricultura autónoma. A implementação de máquinas inteligentes fará que os processo produtivos multipliquem a sua eficiência.
Em consequência, a produção excederá em muito a demanda interior (que já é grande) e o comercio exterior será fundamental para o dinamismo e crescimento futuro do setor.
De acordo com o Professor André Gildin, ministrante de Inovação e Negócios na IPOG e especialista em agronegócio, “os principais beneficiários das novas oportunidades de exportação podem ser os produtores de pequeno e médio porte”. O Professor explica essa posição baseando-se em três fatores determinantes:
Estabelecer as parcerias necessárias neste momento crítico para poder garantir a integração entre o origem da produção e destino final determinará a evolução do negócio durante os próximos anos. Desde a How2Go Brasil podemos assessorar aos setores envolvidos nesse processo para otimizar os canais de saída da produção e localizar as parcerias adequadas. Para maior informação podem conversar conosco pelo correio how2go@h2gconsulting.com
Artigo escrito por Miquel Pardina