A pandemia que está afetando o mundo todo nos traz cada dia notícias tristes e também algumas poucas positivas. Uma delas é que a crise sanitária não tem afetado negativamente o consumo global de alimentos, mas todo o contrário. E nesse contexto, o setor agroalimentar brasileiro tem visto cifras exportadoras surpreendentemente positivas no 2020.
Além de uma progressão crescente na demanda de alimentos, a janela de oportunidade está também ampliada pela desvalorização do Real Brasileiro frente ao Dólar Americano e frente ao Euro. O produto agroalimentar brasileiro ganha em competitividade e aumenta o seu potencial de liderança da retomada econômica do país.
Mesmo sem existir nenhuma evidência científica que comprove a eficiência da laranja na cura do Covid-19, os consumidores estão atribuindo um papel benfeitor deste produto no contexto epidêmico. É amplamente popular a associação entre Vitamina C com o combate à gripe e com o aumento da resistência do organismo. Isso faz com que a demanda de suco de laranja, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, tenha se alavancado rapidamente nos últimos meses. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo (USP) atribui também esse aumento a outros fatores como as famílias que decidiram estocar alimentos para passar pelo período de isolamento social. As pessoas que moram nos Estados Unidos e na Europa voltaram consumir café de manhã nos lares, e nessas refeições o suco de laranja é um produto importante
A laranja sempre foi um dos grandes referentes do agro brasileiro e o país responde por mais da metade da produção de suco de laranja no mundo. Porém as mudanças globais na estrutura do setor tinham fragilizado a rentabilidade do negócio cítrico e mostravam incertezas para o desenvolvimento futuro.
A perspectiva tem mudado agora. As exportações totais de suco de laranja brasileiro registraram um volume total de 1.071.946 toneladas nos doze meses da safra 2019/2020, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O número representa um aumento de 17% em relação à safra 2018/2019. Em faturamento, as vendas fecharam com US$ 1,751 bilhão, crescimento de 3% ante a receita na safra anterior.
Entre os mercados, a Europa é o principal destino das exportações brasileiras de suco de laranja, com uma participação de 70%, seguida de EUA, com 16%, Japão 5% e China com 4%. Outros mercados correspondem a 5%.
Além do mais, a previsão é que a produção de suco de laranja deve cair na Europa até setembro de 2020, registrando uma diminuição do 21% com relação à safra anterior segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em consequência a previsão é de ainda mais um aumento das importações durante os próximos meses.
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Artigo escrito por Miquel Pardina