No dia 11 de fevereiro, a How2Go Portugal marcou presença no webinar promovido pela Portugalfoods. O panorama mundial mudou os comportamentos humanos e com eles os seus hábitos de consumo e, consequentemente, estes novos comportamentos e hábitos alimentares são decisivos para o setor agroalimentar e marcam as novas tendências do setor agroalimentar para 2021.
O mercado observa tendo em conta todas as suas envolventes, três tendências fundamentais para os consumidores: “bem-estar”, “valor”, e “identidade”. Podemos assumir, assim, estas três vertentes como as grandes tendências do setor agroalimentar.
Os últimos anos mostraram que os consumidores ganharam mais consciência relativamente a cuidados mentais e emocionais próprios. A pandemia tem naturalmente influência destas preocupações na vida das pessoas e o futuro mostra-nos que os produtos que ofereçam maiores benefícios ao nível da saúde mental terão uma maior procura. Este fator irá orientar a indústria a abordagens que estão relacionadas com a experiência e com a psicologia, obviamente aliadas às tecnologias, visto que os consumidores são cada vez mais digitais.
Estes produtos serão criados para dar valor às atividades de lazer e de descompressão, como ver televisão ou meditar. Elementos sensoriais como perfumes e ingredientes funcionais serão utilizados para adicionar experiências reais a eventos virtuais, como snacks energéticos para consumir durante um videojogo ou bebidas perfumadas para beber enquanto se faz uma sessão de meditação.
Sensibilizados pelo contexto pandémico, os consumidores fazem compromissos mais sérios para reduzir os riscos para a saúde, preferindo alternativas alimentares mais saudáveis, mais conscientes, quer física, quer mentalmente. Assim, as marcas vão posicionar-se neste campo, para ajudar os consumidores a fazerem melhores escolhas, como por exemplo a redução do consumo de álcool, ou sublinhar a densidade nutritiva dos seus produtos, um conceito-chave para a chamada alimentação intuitiva que privilegia alimentos com um rácio bastante elevado de nutrientes benéficos, em comparação com as calorias.
Os consumidores estão a procurar um regresso ao essencial, focando-se na redução do consumo e em encontrarem mais valor acrescentado nas suas compras. Poupança de tempo, segurança alimentar e conveniência nos produtos alimentares e na restauração serão essenciais. O foco dos consumidores em garantirem mais valor vai motivar as empresas a serem mais transparentes sobre a política de preços e a darem mais detalhes acerca dos ingredientes e processos.
O Covid-19 expôs diversas necessidades dos consumidores, uma vez que os mesmos sofreram alterações no seu quotidiano e, consequentemente, ganharam consciência de novos desejos e necessidades, bem como das suas prioridades enquanto consumidores. Numa fase em que as preocupações éticas e responsáveis acrescem na sociedade, as marcas e os retalhistas vêm uma oportunidade para fabricar e comercializar produtos que correspondem às novas necessidades dos consumidores, tendo sempre como foco o alinhamento dos preços praticados com a sustentabilidade dos produtos.
Deste modo, uma das maiores prioridades será criar produtos saudáveis, nutritivos e sustentáveis a preços acessíveis para todos os consumidores, satisfazendo assim as suas necessidades e promovendo uma sociedade mais ética. As empresas destes produtos terão a oportunidade também de aumentar gradualmente os preços, devido à garantia de qualidade e responsabilidade ética dos produtos.
O controlo e as normas a ser cumpridas nas áreas do retalho e da restauração foram intensificados devido à pandemia, especialmente em termos de segurança e higiene. Para além das preocupações na vertente da empresa ou do vendedor, as exigências e preocupações na vertente dos consumidores também se tornaram mais intensas e complexas.
Algumas das mudanças no processo de compra são inovações que permitem que não haja contacto entre o vendedor e o consumidor, aumentando assim a segurança e a higiene do estabelecimento bem como a confiança do consumidor. Os carrinhos de compras inteligentes são uma das alterações realizadas que mais impacto tiveram no controlo da pandemia. Os consumidores, por sua vez, optaram também por modificar os seus métodos de compra, dando cada vez mais preferência a canais de compras online, por ser cada vez mais prático e seguro.
O ser humano vive das relações sociais e pessoais e, por causa da pandemia, essas relações têm sido difíceis de manter. No entanto, nos dias de hoje, é possível manter contacto e relações à distância, de inúmeras maneiras diferentes e originais. O setor agroalimentar e a restauração têm alguma vantagem neste sentido uma vez que são associados a momentos de convívio e criação de laços através da gastronomia.
Logo, numa fase em que as relações sociais são restringidas ao essencial, as marcas e empresas vão reinventar-se e inovar no sentido de criar redes online, nas quais os consumidores possam ser unidos pelas mesmas causas e, à medida que as restrições forem aliviadas, poderem organizar-se presencialmente e participar em atividades e eventos relacionados com o setor, cumprindo sempre as normas de segurança.
A união entre as pessoas ocorre geralmente quando existe algo em comum, sejam valores, gostos ou ideais. Os consumidores querem, naturalmente, que as relações que estabelecem com outras pessoas sejam autênticas e que tenham um propósito, uma vez que essas mesmas pessoas partilham algo em comum.
O setor agroalimentar pode e deve pegar neste aspeto para a promoção de comunidades online, nas quais os consumidores possam ter acesso a plataformas de ecommerce e através das quais possam partilhar com outras pessoas as suas ideias, gostos, receitas e outras informações relacionadas. Para além disto, o facto das relações sociais estarem neste momento restringidas faz com que os consumidores tenham uma necessidade e vontade acrescidas de socializar e, neste momento, a forma mais segura de o fazer é através de plataformas online.
O comércio online apresentou uma enorme evolução nos últimos anos, tornando-se mais prática, segura, eficiente e atrativa para os consumidores. Neste sentido, o setor agroalimentar deve apostar no social ecommerce para que o consumidor possa partilhar as suas experiências de compra com outros consumidores. Através destas plataformas de comércio online, são promovidas oportunidades diferentes e personalizadas de negócio, que podem trazer inúmeras vantagens negociais para as empresas. Numa outra fase, estes comportamentos online podem ser transformados em presenciais, nos quais determinados consumidores são selecionados para receber ou experimentar um novo produto ou uma edição limitada, por exemplo.
A divulgação do estudo “2021 – Global Food and Drink Trends”, decorreu no âmbito do projeto PortugalFoods Qualifica. , que tem como objectivo reforço da competitividade empresarial do setor agroalimentar nacional e o incremento do índice tecnológico das empresas portuguesas. É financiado pelo COMPETE2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Se você deseja encontrar distribuidores ou apresentar seu produto em diferentes mercados, da How2Go podemos ajudá-lo, entre em contato: contacto@h2gconsulting.com.