Em meio as tristes notícias ocasionadas pela atual crise sanitária, tanto sociais quanto económicas, chegou uma notícia económica surpreendentemente positiva da parte da Secretária de Comércio Exterior: os resultados exportadores do Brasil durante o primeiro quadrimestre de 2020 são ótimos.
Brasil é o único dos 20 países mais ricos a expandir exportações durante a pandemia. A divulgação do balanço do comércio exterior para os primeiros quatro meses deste ano trouxe excepcionais notícias para a economia brasileira. A Organização Mundial do Comércio prevê que o comércio internacional cairá entre 13% e 32% em 2020, mas o Brasil está apresentando a menor variação de fluxo. O país foi o único do G20, grupo das vinte maiores economias do mundo, a expandir seu volume exportado num cenário bastante adverso. No caso brasileiro, não se verifica por exemplo nenhuma queda da demanda por parte da Ásia. Na verdade exportou mais ainda para aquela região nos primeiros meses do ano do que o habitual. Aliás, mesmo sem considerar a China e o Japão, o Brasil apresentou excelentes resultados no seu comercio exterior global durante o período.
De janeiro a abril, a corrente de comércio brasileira somou US$ 123,4 bilhões, apenas 2% menor do que a registrada no mesmo período de 2019, que foi de US$ 126,2 bilhões. A variação é considerada uma das menores entre as vinte maiores economias do mundo, o chamado “G20”. Se considerado o volume exportado, livre do efeito da queda dos preços internacionais, o país cresceu sua exportação no mês de abril e no quadrimestre em 2,9% e 1,1%, respectivamente.
Em abril de 2020, o Brasil quebrou recordes históricos mensais de exportações em volume e valores nos seguintes produtos: óxido de alumínio/alumina, minério de cobre, ouro, algodão bruto, soja, farelo de soja, óleos combustíveis, carne bovina fresca, refrigerada ou congelada e carne suína. Com ou sem recordes a tendência geral é positiva para as exportações em todos os setores.
As causas deste clima de oportunidades são variadas e podem ser analisadas minuciosamente, mas tem um fator destacado entre todos os outros: a desvalorização do Real Brasileiro e, especialmente, a queda em relação ao Dólar Americano. A alta relativa do dólar ocorre em um momento de incerteza no cenário internacional em decorrência da epidemia.
Essa situação pode ocasionar sem dúvida diversas consequências econômicas negativas. Mas com certeza tem também uma leitura positiva: Quando o real se desvaloriza, e logicamente o dólar fica mais caro, isso faz com que os produtos brasileiros fiquem mais baratos no mercado internacional. A situação do Real tem como efeito atrair o mercado internacional e estimular as exportações brasileiras. Para isso ocorrer é necessário que haja demanda pelos produtos, como parece estar acontecendo nestes primeiros meses de pandemia.
Essa demanda é alta porque os produtos exportados pelo Brasil são majoritariamente commodities, resultados de atividades de extração ou agropecuária. Porém o efeito dominó no Brasil pode seguir ecoando para o resto da economia como consequência de novos investimentos e circulação de dinheiro.
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Artigo escrito por Miquel Pardina